domingo, 8 de fevereiro de 2009

- O caso da ponte de Entre-os-rios/Castelo de Paiva.


Este caso foi muito curioso. Demitiu-se o ministro responsável pelo assunto correspondente (Ministério das Obras Públicas), porque “a culpa não pode morrer solteira”, assumiu desta forma a sua responsabilidade pelo caso. Deixou de ser ministro mas aumentou a sua importância política, no dia seguinte continuou a trabalhar no seu partido.
Se pudesse, e quisesse, teria sido muito mais eficaz se continuasse como ministro, exigisse responsabilidades. Então sim, podia e devia demitir-se.
2ª Parte deste caso: os familiares das vítimas contratam o mais famoso advogado que aparece na televisão. São processadas as empresas de extracção de areia que tinham uma licença do Estado para essa extracção, mas não se processam nem os agentes do Estado que autorizaram essa actividade nem o próprio Estado. A sentença evidentemente e devidamente absolveu as empresas de extracção de areias, ao Estado e aos seus agentes nada aconteceu.
Como sempre a culpa morre sempre solteira em Portugal.
Nem sempre a culpa é das más sentenças (na esmagadora maioria das vezes não é), mas na maior parte do tempo essa culpa pertence a quem faz as leis (Assembleia da República e Governo).

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