domingo, 28 de dezembro de 2008

A QUEM VAI SERVIR O TGV????


O texto que a seguir publicamos não são da nossa autoria (a imagem também não). Chegou-nos através de mensagem electrónica mas sem identificação de autor. Publicamo-lo porque o subscrevemos. (Estamos dispostos a apresentar a identificação do autor se o próprio nisso estiver interessado, ou a retirar este texto mantendo uma ligação para a página do autor.)



"A QUEM VAI SERVIR O TGV????
Isso sim, é importante. Fiquemos atentos e sejamos activos. Trata-se do nosso futuro e dos nossos filhos e netos.
Os nossos governantes fartam-se de falar em crise para nos cortar na Saúde, na Educação, na Justiça, na Assistência Social, no Emprego, na Segurança, etc.
Mas nunca cortam em obras gigantescas, luxuosas e muitas vezes inúteis e que servem exclusivamente os grande grupos económicos (Bancos/Grandes Empreiteiros), sempre os mesmos que engordaram tanto que fizeram de Portugal o país mais desigual entre as 27 nações da U.E..
· Estádios de futebol de luxo, hoje às moscas.
· TGV,
· novo aeroporto,
· auto-estradas em excesso, algumas em paralelo e quase coladas com outras já existentes (ex. A29 com A1), onde bastavam estradas com bom piso,
· Submarinos e outras inutilidades
· pontes
· etc. etc.
A quem na verdade serve tudo isto?
1. AOS BANCOS QUE VÃO FINANCIAR A OBRA
2. ÀS CONSTRUTORAS DE OBRAS PÚBLICAS (ligadas aos bancos)
3. AOS FABRICANTES DE MATERIAL
4. AOS PARTIDOS E POLÍTICOS QUE GOVERNAM E DECIDEM

PORTUGUESES, LEIAM AS LINHAS SEGUINTES E PENSEM

OS PORTUGUESES FICARÃO - UMA VEZ MAIS ENDIVIDADOS DURANTE DÉCADAS POR CAUSA DE

MAIS UMA OBRA MEGALÓMANA ! ! !

TGVExperimente ir de Copenhaga a Estocolmo de comboio.
Comprado o bilhete, dá consigo num comboio que só se diferencia dos nossos 'Alfa' por não ser tão luxuoso e ter menos serviços de apoio aos passageiros.
A viagem, através de florestas geladas e planícies brancas a perder de vista, demorou cerca de cinco horas.
Não fora conhecer a realidade económica e social desses países, daria comigo a pensar que os nórdicos, emblemáticos pelos superáveis orçamentais, seriam mesmo uns tontos.
Se não os conhecesse bem perguntaria onde gastam eles os abundantes recursos resultantes da substantiva criação de riqueza.
A resposta está na excelência das suas escolas, na qualidade do seu Ensino Superior, nos seus museus e escolas de arte, nas creches e jardins-de-infância em cada esquina, nas políticas pró-activas de apoio à terceira idade.
Percebe-se bem porque
· NÃO construíram estádios de futebol desnecessários,
· NÃO constroem aeroportos em cima de pântanos,
· NEM optam por ter comboios supersónicos que só agradam a meia dúzia de multinacionais.
O TGV é um transporte adequado a países de dimensão continental, extensos, onde o comboio rápido é, numa perspectiva de tempo de viagem/custo por passageiro, competitivo com o transporte aéreo.
É por isso que, para além da já referida pressão de certos grupos que fornecem essas tecnologias, só existe TGV em França ou Espanha (com pequenas extensões a países vizinhos).
É por razões de sensatez que não o encontramos
· na Noruega,
· na Suécia,
· na Holanda
· e em muitos outros países ricos.
Tirar 20 ou 30 minutos ao 'Alfa' Lisboa-Porto à custa de um investimento de cerca de 7,5 mil milhões de euros não trará qualquer benefício à economia do País.
Para além de que, dado ser um projecto praticamente não financiado pela União Europeia, ser um presente envenenado para várias gerações de portugueses que, com mais ou menos engenharia financeira, o vão ter de pagar.
Com 7,5 mil milhões de euros podem construir-se:

- 1.000 (mil) Escolas Básicas e Secundárias de primeiríssimo mundo que substituam as mais de cinco mil (5.000) obsoletas e sub-dimensionadas existentes (a 2,5 milhões de euros cada uma);


- mais 1.000 (mil) creches (a 1 milhão de euros cada uma);
- mais 1.000 (mil) centros de dia para os nossos idosos (a 1milhão de euros cada um).
E ainda sobrariam cerca de 3,5 mil milhões de euros para aplicar em muitas outras carências.
Como, por exemplo, na urgente reabilitação de toda a degradada rede viária secundária. Cabe ao Governo reflectir.
Cabe à Oposição contrapor.
Cabe-lhe a si participar."(...)

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